quarta-feira, 6 de julho de 2011

Debret


Jean Baptiste Debret nasceu em Paris no ano de 1768. Renomado pintor francês, sua vinda ao Brasil no ano de 1816 foi patrocinada pela Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, então existente no Brasil e dirigida pelo pintor português Henrique José da Silva, para uma missão artística francesa chefiava por Joaquim Lebreton e composta principalmente pelos pintores Nicolas Antoine Tauday, Jean Baptiste Debret, pelo escultor August Taunay, pelo arquiteto Grandjean de Montigny, pelos gravadores Charles Simon Pradier e Zepherin Ferrez e pelo ornamentista Marc Ferrez que tinha por objetivo fundar a Academia de Belas Artes na cidade do Rio de Janeiro na época de João VI. Debret fez o primeiro retrato de D. Pedro I e vários retratos dos principais personagens da corte da época do império e realizou famosos quadros tais como a Sagração de D. Pedro II e o Desembarque da imperatriz.
Debret viajou pelo interior do país produzindo uma coletânea de esboços e estudos típicos da vida brasileira e em sua excursão, no ano de 1825, registrou a impressionante realidade do cenário das regiões da época tais como Sorocaba (Ipanema), Porto Feliz, Itapeva da Faxina, Itararé, Ponta Grossa.
No ano de 1827 pintou um quadro caracterizado a pequenina Vila de Itapeva da Faxina e pode-se nesta tela realizada em aquarela pelo célebre pintor francês contar as casas da pequena Itapeva da Faxina. Tais quadros, feitos no Brasil e absolutamente inéditos, foram descobertos em Paris e adquiridos pelo Conde de Bonevald, e o que retrata a pequena Vila de Itapeva da Faxina, possui um inestimável valor histórico, imaginem hoje o grande pintor Debret nos altos da Vila São Benedito, Vila Aparecida ou Pedrão, esboçando em rápidas e precisas pinceladas sobre tela, a colina onde expandiu a hoje Itapeva que no lugar da Catedral de Santana havia só modesta capela rodeada por uma dezena de casas e nada mais e este quadro para nós, itapevenses, além de seu valor histórico porque retrata o marco inicial de nossa comunidade, tem ainda um imenso valor objetivo pois fixa a fase embrionária de nossa evolução, a primeira etapa da marcha ascensional de nossa Itapeva rumo ao futuro de hoje, são de uma riqueza imensa todas estas telas em que Debret retrata as várias regiões e municípios do Brasil. Os direitos de reprodução desses quadros feitos no Brasil foram adquiridos pela Companhia Editora Nacional de São Paulo.

No ano de 1831 Debret retorna para a França e leva consigo todos os materiais para publicação de sua viagem ao Brasil. Faleceu em Paris no ano de 1848 e esta coluna não poderia deixar de homenagear este grande artista que em suas telas registrou o embrião da nossa atual progressista Itapeva.

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